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Dia do nutricionista: algumas reflexões sobre nossa identidade profissional

No dia 31/08 comemoramos o dia da/do nutricionista. E nós, do CBME, gostaríamos de parabenizar todas/todos que exercem essa profissão com amor, ética, respeito e sensibilidade. Queremos também aproveitar essa data para fazer algumas reflexões.


Quando buscamos no Google imagens pela palavra “nutricionista”, a devolutiva que se tem, em sua maioria esmagadora, são imagens compostas por uma mulher branca, vestindo jaleco branco, magra e jovem; e sempre cercada por alguns elementos que consideramos grandes clichês da nutrição, como: fita métrica, maça e uma prancheta. Na mesma perspectiva, imagens comemorativas do dia do/da nutricionista estão centradas nestes mesmos elementos.


A partir disso percebemos a representação centrada em um profissional técnico-biologicista, ditador de regras e normas rígidas em relação a alimentação, metrificador de corpos e prescritor de dietas para adequação desses corpos que seguem uma normativa estética atual, muito embora isso venha camuflado em um discurso de “saúde”.



Fonte: Google imagens, com a palavra-chave “nutricionista”


A Internet, atualmente, é um meio para que o público identifique informações e imagens dos profissionais de nutrição, e as imagem do nutricionista apresentadas na Internet moldam a percepção do público sobre a profissão, e isso, por sua vez, pode influenciar o engajamento com esses profissionais[1]. E para além de moldar a percepção, essas imagens dizem muito sobre como está construída a representação social da profissão de nutricionista pela sociedade em geral; e os próprios profissionais tem um papel central nessa construção.


Fonte: Internet. Exemplos de imagens comemorativas divulgadas no dia da/do nutricionista


O que fica claro é que tais imagens estão longe de representar uma profissão valiosa, com diversificadas possibilidades de atuação e com uma enorme capacidade de transformar a vida das pessoas, seja por meio da comida e/ou pelas interligações com nosso viver. A partir disso, deixamos aqui duas reflexões, para todos/todas os profissionais e futuros profissionais nutricionistas:

- O que estou fazendo para contribuir e/ou consolidar com a construção dessa representação da profissão?

- O que posso fazer para seguir o caminho da (re)construção?

Escrito por: Fernanda Penaforte e Marina Rodrigues Barbosa. Colaboradoras da Educação Continuada CBME.

Referência:

[1] Porter J. & Collins J. (2020) Do images of dietitians on the internet reflect the profession? J Hum Nutr Diet. https://doi.org/10.1111/jhn.12793

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